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Como limpar têxteis

  • on 27 de dezembro de 2010
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A variedade dos têxteis é muito extensa. Existem dois grandes tipos de fibras: a fibra sintética e as fibras naturais. Para que as nossas roupas mantenham o seu aspecto original, devemos saber cuidar delas. Para isso é preciso aprender várias técnicas, como usar o ferro de passar e de que tipo de tecidos são as nossas roupas…

Existem diversos tipos de produtos têxteis, com diferentes características e particularidades que se soubermos trata-las e de acordo com a sua especificidade irá trazer bastantes benefícios na sua qualidade, ou seja desta forma estamos a prolongar a sua qualidade a facilitar a nossa vida diária. Da grande variedade de categoria de fibras podemos distinguir duas categorias básicas: as fibras naturais e a fibra sintética.

As fibras naturais

Este tipo de fibras são oriundas dos animais, como por exemplo as lãs e sedas naturais que provem das plantas, tal como o algodão e o linho.

Algodão

O algodão origina um tecido com bastante qualidade no que diz respeito à resistência e finura. Este tipo de tecidos suporta muito bem as temperaturas elevadas do ferro de passar roupa. No entanto existem também algumas desvantagens tais como encolher na primeira lavagem, e amarrotam com alguma facilidade. Para a limpeza deste tipo de tecido há que ter em conta os seguintes aspectos:

1º Em tecido branco, este pode ser lavado à máquina e com água muito quente;

2º Em tecido de cor o mais aconselhado é lavar com água fria ou morna e use o ferro de passar enquanto o tecido estiver ainda um pouco húmido.

Classificada nas fibras naturais, esta é proveniente da tosquia do cordeiro ou do carneiro. No entanto existem outros animais que também podem servir para originar a lã, como por exemplo a alpaca ou o lama. Quando as lãs levam a designação e o símbolo woolmark , isto significa que estas só podem ser utilizadas em produtos fabricados exclusivamente com pura lã virgem. A lã apresenta um conjuro de características como por exemplo ser um bom isolante, pelo que, mantém bem o calor. Além disso, recupera rapidamente a sua forma original e é difícil ficar amarrotada. No entanto, com as lavagens tende a encolher e a formar borbotos.

Modo de limpeza

A lã não reage bem a todos os detergentes, nem a mudanças rigorosas de temperatura. Também não deve ser esfregado ou torcido. Isto tudo para dizer que a lavagem das lãs tem de ser feita com produtos específicos ou com produtos preparados para têxteis delicados. Antes de lavar uma peça de lã, tenha em atenção a etiqueta na  qual é designada a temperatura e processo de lavagem recomendados

Este tipo de tecido deve ser lavado à mão, com muita água e detergente apropriado, evitando esfregar ou torcer. Depois, passe a roupa por água morna duas ou três vezes, esprema ligeiramente e ponha a secar sobre uma toalha turca, à sombra e longe de qualquer fonte de calor. Para fixar as cores pode acrescentar um pouco de vinagre à água do último enxaguamento. Isto também é bom para evitar a formação de borbotos. A outra opção é serem lavadas á máquina, seleccionando o programa para lãs a uma temperatura máxima de 40° C. Contudo tem de ter atenção e verificar etiqueta se a peça pode ou não ir à máquina.

Linho

Este tecido é conseguido através do tratamento do caule do linho.  É um material muito resistente e brilhante, mas mais frio ao tacto e menos macio que o algodão. Este tipo de tecido tem tendência a amarrotar-se facilmente. Se quiser manter o aspecto original do linho, o melhor é limpá-lo a seco. Utilize o ferro de passar muito quente com o tecido ainda húmido.

Seda

A seda é obtida através do fio tecido pela larva do bicho-da-seda. É um tecido quente e elástico, que se amarrota pouco. Tem um aspecto brilhante e, além disso, é muito macio, fino e resistente. No entanto é sensível à transpiração, ao calor e à luz do sol. A seda pode ser lavada à mão em água morna, com um detergente suave para a lavagem de lã. A seda não lavável terá de ser limpa a seco. Em seguida,  passe bem por água, escorra sobre uma toalha turca e ponha a secar à sombra. Não deve utilizar o ferra enquanto o tecido estiver demasiado molhado, já que poderá ficar pouco macio. Passe-o ligeiramente húmido, do avesso e com o ferro de passar quente.

Nota: Nunca lave roupas de seda com sabão natural: este tecido não resiste às substâncias alcalinas. Nunca esfregue as roupas de seda, em alternativa esprema-as, em água e detergente adequado

A fibra sintética

Este tipo de tecido subdivide-se em duas categorias: fibras semi-sintéticas, e as fibras totalmente sintéticas. A primeira categoria é originada pelo tratamento químico da celulose e a segunda através de diferentes materiais de base (como o petróleo) e quimicamente tratadas. Exemplo: poliamida, o acrílico e o poliéster.

Acetato

Fibra semi-sintética, com aspecto sedoso, que apresenta cores resistentes e não encolhe nem amarrota. Pelo que, é fácil de lavar e de secar. Em todo o caso, verifique a temperatura de lavagem na etiqueta. Se não tiver etiqueta, utilize água morna (no máximo 40° C) e passe abundantemente por água sem torcer.

Nota: o acetato é sensível à acetona, por isso nunca tente remover nódoas em tecidos de acetato com esta substância.

Acrílico

Tecido de fibra sintética, suave mas resistente suportando à acção da luz solar. Além disso, não encolhe nem amarrota. É de limpeza fácil, seca rapidamente e necessita apenas de um ligeiro calor do  ferro de passar. O acrílico tolera a maior parte dos produtos químicos, agentes branqueadores e tira-nódoas, no entanto tem as suas desvantagens como ser sensível às temperaturas elevadas, tendência a ganhar borbotos e acumular electricidade estática.

Poliéster

É uma fibra sintética, não amarrota nem encolhe se for lavada a uma temperatura abaixo dos 40° C. Muito leve, de secagem rápida e resistente, o poliéster não é muito inflamável. Resiste à humidade e a todos os tira-nódoas. Embora tenha tendência a acumular electricidade estática, mas com a utilização de um amaciado esta pode ser eliminada. Não torça nem esprema demasiado, para não enrugar, e ponha a secar à sombra.

Poliamida

Também conhecida por nylon, é uma fibra que não amarrota nem se desgasta. Resiste bem aos tira-nódoas e não encolhe com a lavagem.

Modo de Limpeza

Deve ser lavada com água morna, sem torcer, e posta a secar à sombra. Se a quiser lavar na máquina, seleccione o programa para tecidos delicados e utilize um amaciador para reduzir a electricidade estática.

Nota: ainda que seja pouco inflamável, a poliamida degrada-se com o calor e pode produzir queimaduras graves!

Viscose

Fibra semi-sintética, de toque macio, a viscose tem um bom cair e é fácil de plissar, ainda que tenha tendência a amarrotar-se. É usada na confecção de vestuário e no revestimento de móveis.

Modo de Limpeza

Algumas roupas de viscose devem ser limpas a seco. Outras podem ser lavadas em água morna, sem torcer. Depois da lavagem, ponha-as a secar à sombra.

Etiquetas: uma leitura obrigatória

Os diversos sectores da indústria têxtil definiram símbolos comuns para o uso e limpeza dos diferentes tecidos. Expomos aqui alguns desses símbolos, com o significado a que correspondem. Assim, poderá fazer uma interpretação fácil das etiquetas que acompanham o vestuário e outros tecidos.

– Etiqueta de uma camisa, cujo tecido é composto por 65% de poliéster e 35% de algodão: significa que a camisa pode ser lavada a uma temperatura máxima de 40° C e não permite a utilização de lixívia. Deve ser engomada com uma temperatura média (máximo de 150° C). Também pode ser limpa a seco e suporta todos os solventes, excepto o tricloroetileno.

Nota: As indicações da etiqueta referem-se sempre à fibra mais delicada do tecido, mesmo que esta não seja o seu componente principal.

Processo de secagem de roupa ao natural

Sempre que o tecido o permitir, esprema ou torça a roupa após a lavagem, para acelerar o processo de secagem. Depois siga as seguintes recomendações:

– Não ponha a roupa de cor a secar ao sol ou com vento forte. É preferível deixá-la à sombra, num local bem arejado;

– Dobre e estique convenientemente os lençóis e as toalhas de mesa e de casa de banho antes de os pendurar. Deste modo, talvez não seja necessário passá-los a ferro;

– Estenda na horizontal as roupas de lã, depois de ter retirado o excesso de água com uma toalha.

Processo de secagem de roupa na máquina

– Confirme primeiro na etiqueta se a roupa pode ir à máquina de secar. Em princípio, isso não é possível para as roupas de lã. Pode também acontecer que o algodão não tratado encolha;

– Não encha demasiado o tambor, já que o ar tem de circular. Mas tenha em conta que o custo de utilização é menor se o utilizar com a capacidade recomendada. Nos modelos de lavar e secar, a secagem é feita apenas com meia carga do tambor;

– Não deixe a roupa arrefecer na máquina de secar: ficará muito amarrotada. Se tiver a intenção de engomar imediatamente a roupa, reduza o tempo normal de secagem;

– Limpe o filtro depois de cada utilização, para rentabilizar a eficácia do aparelho.

Limpeza a seco

Existem tecidos que não suportam a lavagem com água e detergente: encolhem, sofrem alterações de estrutura ou perda de cor, ganham borbotos. Estes devem ser limpo a seco. No entanto se tiver duvidas não arrisque e opte por recorrer a uma lavandaria.

Limpeza na lavandaria- Conselhos práticos:

– Quando entregar a roupa, verifique se esta tem alguma etiqueta com indicações sobre a limpeza adequada ou, pelo menos, a composição do tecido. Se for uma peça de valor sem etiqueta, peça que seja feita uma pequena experiência em algumas fibras do tecido, para determinar a sua resistência e o método de limpeza apropriado;

– Verifique se o funcionário examinou bem a sua roupa. Se não for o caso, alerte-o para eventuais problemas não detectados (nódoas, por exemplo);

– Peça um recibo onde estejam discriminadas as peças recebidas, as condições de entrega e as cláusulas legais. Um recibo detalhado serve como prova no caso de surgir algum problema;

– Desconfie das cláusulas incluídas no recibo que limitem ou excluam a responsabilidade da lavandaria. Certifique-se ainda de quanto terá de pagar;

– Quando for buscar a roupa, observe-a na presença do funcionário. Se os resultados não forem satisfatórios, reclame.

Roupa perdida ou danificada

Se a lavandaria perder a sua roupa exija verbalmente e se necessário opte por escrever uma carta registada com aviso de recepção pedindo uma indemnização razoável para a seguinte morada:

– ANILT – Associação Nacional de Industriais de Lavandaria e Tinturaria (Rua Ferreira Borges, 141, 2.° Esq., 1300 LISBOA – 01-385 77 80), se a lavandaria estiver inscrita nesta associação. Neste caso, terá o respectivo autocolante afixado na vitrina ou na porta;

– Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo. Actualmente, estes centros apenas abrangem os consumidores residentes em Coimbra (Edifício da Câmara Municipal, Praça 8 de Maio -039-25 515); em Lisboa (Largo do Chão de Loureiro, 1° – 01-888 35 35); e no Porto (Rua Damião de Góis, 31, Loja 6 -02-52 97 91);

– A DECO pode servir de mediador ou agir com base na denúncia dos consumidores (sede em Lisboa: Av. Defensores de Chaves, 22, 1.° – 01/57 12 92). Se não residir em Lisboa, contacte este número para saber qual a delegação mais próxima de si;

– Em último caso, ponha uma acção em tribunal. Sob determinadas condições, pode beneficiar de apoio jurídico e ficar isento do pagamento dos custos do processo e dos honorários do advogado.

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