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O motor do Carocha Fusca

  • on 15 de agosto de 2010
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O motor do Carocha Fusca

Princípio básico de funcionamento. — Em todos os tipos de motores
de combustão interna, como é o caso do motor a gasolina, a força obtida no eixo de saída é proveniente da combustão de uma mistura de ar e vapores de certos hidrocarbonetos na parte superior de um cilindro

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ADMISSÃO COMPRESSÃO EXPLOSÃO DESCARGA

denominada “câmara de combustão”, que possui uma parede móvel constituída pela cabeça de um êmbolo que se desloca dentro deste cilindro. A combustão é uma reação química entre certos elementos do combustível e o oxigênio do ar, provocada por uma centelha elétrica e da qual resulta grande aumento de pressão dentro do cilindro, suficiente para forçar o êmbolo com grande impulso afastando-se da câmara de combustão. O êmbolo é ligado a um eixo por meio de uma haste (biela), constituindo uma manivela, de modo que o movimento de vai-e-vem retilíneo do êmbolo no cilindro se transforma em movimento de rotação na árvore da manivela.
Naturalmente, devido a forma da manivela, ao atingir o êmbolo o ponto mais afastado da câmara de combustão (ponto morto inferior), seu movimento se inverte e êle começa a subir, pelo que o movimento de vai-e-vem se transforma em movimento rotativo na árvore.
Os principais elementos do combustível são o carbono e o hidrogênio; o enxofre é um elemento comburente, mas existente em pouca quantidade e indesejável. O nitrogênio, sendo um gás inerte, não toma parte ativa do processo de combustão.
Naturalmente, a força obtida, entre vários factores, depende diretamente da quantidade de combustível queimada, e como não é conveniente a construção de um motor de um só cilindro com grandes dimensões, os motores se constituem de vários cilindros grupados de diferentes maneiras, mas tendo seus êmbolos ligados a uma só manivela com vários braços, colocados a ângulos determinados. Ao conjunto de manivelas se denomina “árvore de manivelas”.
Para se conseguir um funcionamento automático e contínuo do motor, além das peças móveis essenciais, necessita-se ainda dos seguintes dispositivos:
1) — Um meio de se provocar a combustão da mistura ar-combustível. — Isso se consegue por meio de uma faísca elétrica produzida por um simples dispositivo muito conhecido, a “vela de ignição”. Ao conjunto de órgãos destinados a produção das centelhas se denomina “sistema de ignição”.
2) — Fornecimento de certa quantidade de ar e gasolina — O fornecimento de ar ao cilindro não depende de fonte externa, já que se realiza pela ação do próprio êmbolo, que funciona com uma bomba aspirante, ao descer dentro do cilindro, sugando o ar atmosférico através
de uma abertura controlada por uma válvula chamada “válvula de admissão”. A dosagem da gasolina se faz no carburador, durante a passagem da corrente de ar por seu interior. O carburador pertence ao conjunto de órgãos que se chama “sistema de alimentação”.
3) — Expulsão dos gazes queimados. — Essa operação se realiza por ação do próprio êmbolo, que, ao subir, expulsa os gazes queimados através de uma abertura chamada “válvula de escapamento”.
4) — Lubrificação. — As superfícies de atrito das partes móveis do motor suportam grandes pressões e ficariam danificadas em minutos se não se prouvesse um meio de reduzir ao mínimo esse atrito; isso se consegue com a lubrificação, a cargo do “sistema de lubrificação”.
5) — Arrefecimento. — Infelizmente, nos motores térmicos, cerca de 2/3 do calor liberado na combustão não são aproveitados e devem ser dissipados. Isso está a cargo do sistema de arrefecimento ou de refHgeração, no caso do Volkswagen conseguido simplesmente por uma corrente de ar forçada sobre as partes externas do motor.

Cic/o a 4 tempos. — Assim se denomina o conjunto de fases de trans-formações que se verificam no cilindro e estão ilustradas pela fig.l. Como são precisas 4 fases para que se consiga um impulso motor, correspondendo a duas voltas da manivela chamou-se a este ciclo de ciclo a 4 tempos e nele se baseia o funcionamento da maioria dos motores a gasolina. Há também o ciclo a 2 tempos, em que se consegue, por meio de artifícios, um tempo motor para cada volta da manivela.

O motor Volkswagen. — O motor dos veículos Volkswagen se localiza na parte traseira, é constituído de 4 cilindros horizontais opostos 2 a 2, de ciclo a 4 tempos, válvulas na cabeça, refrigerado a ar por ventoinha. É de construção simples e robusta, leve e de fácil reparação. Possui os mesmos sistemas auxiliares que os motores convencionais.

A árvore de manivelas é de aço forjado, se localiza entre as duas metades da carcaça do motor e repousa sobre 4 mancais forrados de casquilhos de metal anti-fricção do tipo substituível.

A árvore de comando de válvulas também se localiza entre as duas metades da carcaça, abaixo da árvore de manivelas e repousa sobre 3 mancais. A árvore de comando de válvulas possuiu 4 carnes, os quais comandam as válvulas por meio de tuchos, varetas dos balancins e balancins.

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