SISTEMA DE IGNIÇÃO
O sistema de ignição é do tipo convencional por bateria, constituído pela bateria, a bobina (1, fig. 1-D) o distribuidor, (5, fig. 1-D), cabos e íios de ligação. A bobina é presa a carcaça da ventoinha, em local bem acessível. No distribuidor se localizam os platinados, (15, fig. 2-D), o condensador (46, fig. 2-D), o mecanismo do avanço centrífugo (8, fig. 2-D), embaixo da placa, e o excêntrico (10, fig. 2-D), com o rotor, (13, fig. 2-D) encaixado na ponta. A árvore do distribuidor é acionada pela árvore de comando por meio de um sem-fim na árvore de comando de válvulas e uma engrenagem na árvore do distribuidor. A árvore do distribuidor também aciona a bomba de gasolina (figs. 2-E e 5-E”.
O rotor é provido de uma lâmina em sua parte superior, a qual faz contacto com uma escova de carvão (11, fig. 2-D) presa a parte central da tampa; na periferia da tampa se encontram os encaixes para os cabos das velas; cada encaixe tem um terminal na parte interna da tampa, de modo que o rotor, girando, faz o papel de uma ponte rotativa, ligando a escova de carvão, que recebe a corrente da bobina, sucessivamente a cada terminal dos cabos das velas.
Dos platinados, um é móvel, (martelo) e outro, fixo (bigorna). O móvel é acionado pelo excêntrico, que possui 4 carnes ou ressaltos, de modo que, ao girar o excêntrico, êle liga e desliga os platinados 4 vezes, em uma volta.
Os distribuidores do sedan e do Karmann Ghia até 1966 possuem avanços centrífugo e a vácuo. Já o distribuidor da Kombi “1 200”, (até 1966) possui somente o avanço centrífugo. Os distribuidores dos motores “1 300”, “1 500”, “1 600” e “1 600” plano têm apenas avanço a vácuo.
Relembremos o princípio de funcionamento do sistema, para posterior compreensão dos serviços de manutenção e reparos a que está sujeito.
A bobina tem por função aumentar a voltagem da corrente da bateria, que é de 6 voltes, para cerca de 15.000 voltes a fim de que possa se produzir a centelha na vela. A centelha é a passagem da corrente entre dois pontos separados por um meio gasoso, no caso a mistura ar-gasolina. Mas para que isso ocorra é preciso que a voltagem da corrente seja muito elevada, motivo da necessidade da bobina, a qual funciona em combinação com os platinados e o condensador.
A bobina se constitui de 2 enrolamentos feitos em torno de um núcleo de ferro doce laminado; o enrolamento primário se compõe de algumas espiras de fio de cobre de grosso calibre; o outro, secundário, é constituído de milhares de espiras de fio de pequeno calibre; uma das extremidades do primário é ligada a bateria, passando antes pela chave de ignição e a outra ao platinado móvel; como a platinado fixo é ligado a “massa”, ou seja, o retorno da corrente, quando os platinados estão ligados, flui uma corrente através o enrolamento primário; em virtude de uma propriedade elétro-magnética, cria-se um campo magnético na bobina; quando os platinados se separam, também em conseqüência de outra propriedade elétro-magnética, o campo magnético sofre um corte brusco e cria-se então no enrolamento secundário, que possui milhares de espiras, uma corrente chamada “induzida”, de voltagem sobremodo elevada. É essa corrente que interessa para a produção das centelhas na vela e por isso o secundário tem uma extremidade ligada ao polo negativo do primário por meio de ligação interna e a outra vai ter ao centro da tampa e a lâmina do rotor. O rotor, girando, leva a corrente a cada uma das velas em seu devido tempo. Chegando a cabeça da vela a corrente percorre o terminal central e ao chegar a ponta deste, já dentro da câmara de combustão, salta para a ponta do outro terminal, ligado a massa; o outro borne da bateria também está ligado a estrutura do carro, de modo que assim se faz o retorno da corrente. O rotor, como vimos, girando junto com o excêntrico, que atua sobre os platinados, faz o papel de verdadeira ponte rotativa, de modo que quando os platinados se separam e a corrente se forma, o rotor já se encontra apontado para o terminal do cabo da vela.
O condensador, ligado em paralelo com os platinados, absorve grande parte do centelhamento que se produz entre os platinados, evitando sua queima e proporciona queda mais abrupta do campo magnético, melhorando assim a ação da bobina.
As explosões se sucedem a um tempo determinado e segundo uma seqüência que se denomina “ordem de explosão, que está detalhada pela figura 6-D, que mostra o sentido de rotação do distribuidor e a numeração dos cilindros.
Avanço centrífugo. — Esse mecanismo, que se situa sob a placa do distribuidor, faz a ligação entre o conjunto do excêntrico e rotor (parte superior do eixo) com a árvore propriamente dita e tem como função adiantar ou atrasar a centelha, em virtude do seguinte motivo: quando o motor funciona a baixa velocidade, a centelha se produz quando o êmbolo está no ponto morto alto, ou ligeiramente antes, de modo que, quando se realiza a queima total da mistura, o êmbolo já se deslocou o suficiente para receber o impacto do aumento de pressão que o força para baixo, sem que ocorram contra-golpes, ou seja, sem que a manivela seja obrigada a volver em sentido contrário; no entanto, se a velocidade aumenta e a centelha continuasse se produzindo no mesmo tempo, quando a mistura se queimasse por completo, o êmbolo já teria descido muito em seu deslocamento para baixo e a força expansiva dos gases seria desperdiçada em grande parte. Para se evitar essa perda, emprega-se esse dispositivo baseado na força centrífuga, que adianta a centelha a proporção que aumenta a velocidade do motor. O adiantamento e atraso se a velocidade aumenta ou diminui é automático e independente da ação do motorista.
Avanço a vácuo — Esse dispositivo (35, fig. 2-D e fig. 5-D) tem a seguinte finalidade: quando o motor funciona a velocidades médias, tendo a borboleta parcialmente aberta, cria-se uma depressão abaixo da borboleta; a quantidade de mistura que penetra nos cilindros é menor e queima com mais lentidão, pelo que deve haver um avanço adicional, sobreposto ao avanço centrífugo o qual varia somente em relação a velocidade. Esse avanço se consegue com um dispositivo comandado pela própria depressão do cano de admissão e se constitui de uma câmara dividida ao meio por um diafragma; uma das partes está em comunicação com o coletor de admissão, de modo que quando a depressão aumenta o diafragma é atraído, levando consigo uma haste, que, por sua vez, atua sobre a placa do distribuidor, alterando a posição dos platinados de modo a adiantar a centelha. O avanço a vácuo se vê claramente na fig.2-D.
Manutenção do sistema de ignição. — Para que se produza uma centelha suficientemente forte nas velas é preciso que não se acresçam resistências no circuito, nem ocorram fugas de coerente. Necessário também se torna que as centelhas se produzam no devido tempo, isto é, que o motor esteja no “ponto certo de inflamação”. Para tal, o sistema requer poucos cuidados:
Fig. 7-D — Abertura entre os eletrodos da vela, medida com o calibre de lâmina. A folga (a), deve ser de 0,6 a 0,7 mm para os motores até 1966 (“1 200”) e de 0,7 a 0,8 mm para os motores “1 300”, “1 500”, “1 600” e “1 600” plano.
TIPOS DE VELAS
SEDAN E KARMANN GHIA:
Bosch W 125 T4, W 175 Tl NGK 5-H, Champion L-85
KOMBI:
Bosh W 175 Tl, W 225 Tl Champion L-85, NGK 5-H
Fios e cabos. — Conservar todas as ligações do sistema limpas e devidamente apertadas. Em caso de substituição de fios, esses devem ser soldados aos terminais e não amarrados simplesmente. Os fios e cabos devem se conservar em bom estado e devidamente isolados. Os cabos das velas em mau estado permitem “eflúvios” de corrente que diminuem a intensidade das faíscas.
Fig. 8-D
8-D — A coifa de borracha do cabo da vela deve ser bem colocada em seu encaixe.
Velas. — A intervalos de 4 a 5.000 quilômetros ou com mais freqüência se o estado do motor não fôr muito satisfatório, as velas devem ser retiradas para limpeza e calibragem da abertura entre os eletrodos. Sempre que possível, a limpeza deve ser feita com jato de areia, processo que retira eficientemente todas as encrustações. O estado do “nariz” da vela é um espelho fiel do funcionamento do motor no que se refere ao estado da câmara de compressão e queima da mistura. Uma coloração castanho-camurça ou levemente acinzentada indica boa carburação e boa ignição — condições normais de funcionamento.
Já se os depósitos são negros e duros, e há presença de óleo no nariz da vela é indício de que há passagem de óleo para as câmaras de combustão, provavelmente devido ao aumento da folga entre os anéis de segmento e as paredes dos cilindros, ou através das guias das válvulas, o que é pouco comum. Uma medida da compressão dos cilindros revelará valor menor que o limite mínimo de tolerância, que é de 4,5 atm. Se a compressão estiver normal, ou se a ocorrência se verificar apenas em um cilindro, é provável que esteja havendo desvio da corrente na cabeça da veia, ou melhor, pela superfície externa do isolador. Limpa-se a vela e verifica-se se as ligações de seu cabo estão perfeitas. No caso da passagem de óleo ser pequena, pode-se corrigir temporariamente a anormalidade, passando-se a usar vela ligeiramente mais quente.
Se a vela apresenta no nariz depósitos fofos em forma de poeira, é sinal de mistura muito rica, enquanto uma camada cinzenta clara denuncia mistura muito pobre.
Limpeza do distribuidor. — Limpa-se o distribuidor interna e exter-namente e examinam-se o estado dos terminais das velas e o rotor. Se a tampa estiver rachada, deve ser substituída.
Limpeza e calibragem dos platinados. — Como vimos, os platinados são submetidos a um árduo trabalho e desempenham importante função. O centelhamento que se produz entre eles, milhares de vezes por minuto, tornam suas superfícies de contacto ásperas e corroídas, prejudicando a passagem da corrente. Se estiverem muito ásperos e corroídos, devem ser substituídos. Se a aspereza for leve, podem ser polidos com uma lima fina introduzida entre eles. Depois da limpeza, verifica-se a abertura entre os platinados quando estiverem separados ao máximo; essa posição se consegue girando a polia da árvore de manivelas com a mão ou com auxílio da correia, enquanto se observa a posição do excêntrico sobre o platinado móvel; o bloco do martelo deve repousar sobre a parte mais saliente do ressalto. Mede-se então a folga, introduzindo entre os platinados a lâmina do calibre com a espessura de 0,4 mm. A lâmina deve se arrastar levemente entre as superfícies. Se a folga não estiver correta, é necessário regulá-la, e isso se consegue alterando-se levemente a posição do platinado fixo. Para tal, nos distribuidores alemães solta-se o parafuso de fixação e age-se sobre o de regulagem até que a abertura atinja o limite desejado, apertando-se depois firmemente o parafuso de fixação. (Fig.lO-D). Nos modelos antigos e nos utilitários, os dois parafusos são bem juntos (fig. 3-D); nos modelos mais recentes, os parafusos são um pouco afastados (Fig. 5-D). Nos distribuidores nacionais não há propriamente o parafuso de regulagem; assim, soltam-se os parafusos levemente e age-se sobre a bigorna com uma chave de fenda, aproximando-a ou afastando-a do outro platinado, e apertam-se depois os parafusos.
As superfícies dos platinados devem se conservar devidamente ali-nhadas e paralelas. Essa observação se faz com auxílio de uma lente
Substituição dos platinados. — Essa operação não apresenta nenhuma dificuldade: retira-se a tampa, o rotor e gira-se a polia até que os platinados fiquem separados ao máximo. Desfaz-se a ligação lateral do distribuidor e retira-se o martelo (platinado móvel). Retira-se o parafuso de fixação da bigorna (platinado fixo). Nos sedans modernos, são dois os parafusos. Coloca-se o conjunto novo e regula-se a abertura.
Regulagem do ponto de ignição — Todas as vezes que se regulam os platinados ou se substituem os mesmos, impõe-se uma verificação e um ajuste do ponto de ignição. O procedimento é o seguinte: retira-se a tampa do distribuidor e gira-se a polia com a mão até que o entalhe em “V” existente em sua borda se alinhe com a união das duas metades da carcaça e o rotor esteja apontado para o risco da borda do distribuidor que indica o cabo da vela do cilindro n.° 1. (Nos modelos “1 200”, até 1966, há um só entalhe. Nos motores “1 300”, “1 500” e “1 600” sedan há 2 entalhes. O que deve se alinhar com a linha da união das carcaças é o da direita, 1.° no sentido da rotação. Solta-se o parafuso do suporte do distribuidor (25, 26, Fig. 1-D). Retira-se o cabo do centro da tampa do distribuidor e aproxima-se o mesmo a uma distância de 5 a 6 mm de um ponto do motor. Liga-se a chave de ignição e gira-se o distribuidor no sentido dos ponteiros do relógio até que se fechem. Gira-se o distribuidor em sentido contrário, até que se produza uma centelha entre o cabo e a carcaça do motor. No mesmo momento, produz-se uma centelha entre os platinados. Firma-se o distribuidor e aperta-se o parafuso de fixação.
Um ajuste mais acurado se faz com uma lâmpada de voltagem igual a do sistema elétrico e está descrito na legenda da Fig. 10-D.
Fig. 10-D — Regulagem da ignição com a lâmpada. Alinha-se a marca da polia. Liga-se um terminal da lâmpada ao terminal lateral do distribuidor e o outro a “massa”. Solta-se o distribuidor e gira-se o mesmo no sentido dos ponteiros do relógio até que os platinados se unam. Liga-se a chave de ignição. Gira-se lentamente o distribuidor em sentido contrário ao anterior até que a lâmpada se acenda. Firma-se o distribuidor nessa posição e aperta-se a porca do parafuso de fixação.
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sim
sim ;obg pelas informaçoes
Alô pessoal, será que vocês poderiam me tira uma dúvida, eu tenho uma kombi 1600, e o distribuidor dela não tem o platinado, estou procundo saber como eu faço para regular o ponto de ignção dela mas não acho nenhuma marca para me orientar,será que alguem pode me ajudar?
gostei das informações,assim fica menos complicado resolver problemas simples que aparecem no nosso fusquinha do dia,dia.
gostaria de receber informações sobre motor de arranque e gerador de voltagem.Obrigado.
distribuidor de igniçao de kombi como limpar?
Tenho uma kombi, a bobina esta esquentando, ja fiz quase tudo e não consegui resolver sera alguem pode me ajudar.obrigado.
Como faço para ligar o comutador de ignição do voyage 85 tirei os fios e agora ñ lembro pode me ajudar Obrigado!!!
pode-se fazer corta-corrente no fio verde da bobina ou seja, no lado negativo da bobina?
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quando esta tudo ligado certo e nao da partida por que ? só roda o motor e nao pega?
quando esta tudo ligado certo e nao da partida por que ? só roda o motor e nao pega?
Prezados, tenho um distribuidor Resolit, composto por 2 platinados, 2 condensadores e 1 rotor, com avanço exclusivamente centrifugo, ele proporcionada excelente desempenho no meu fusca 1985. Contudo, depois de alguns dias de uso, a bobina queima. Poderiam me indicar qual o tipo de bobina, e o esquema de instalação, que me proporcione seu uso de forma duradoura. Obrigado, por qualquer esclarecimento.