A transmissão do movimento do motor à transmissão se realiza por meio de um disco fortemente comprimido contra o volante do motor, não havendo qualquer ligação por outro meio: é um acoplamento por atrito ou justaposição. Assim, se o disco se afastar do volante, a transmissão do movimento do motor a caixa de mudanças fica interrompida. É justamente o que acontece quando se calca o pedal da embreagem e sua finalidade é permitir a troca de engrenagens na caixa de mudanças, o que não poderia ser feito com o motor acoplado à caixa.
As principais partes da embreagem sao as seguintes: disco de fricção ou disco de embreagem (11), provido de um cubo no qual se aloja a árvore primária da caixa de mudanças por engate de estrias; platô ou placa de pressão (14), provida de fortes molas de pressão (8), que o comprimem contra o volante do motor (12), ficando o disco da embreagem entre essas duas peças; o suporte do platô ou tampa (9), no qual se alojam os apoios ou capas das molas de pressão e que fixa o conjunto da embreagem no volante do motor; três alavancas de debrea-gem ou "gafanhotos" (6), as quais, apoiadas no suporte do platô, controlam o deslocamento do platô para frente ou para trás; espelho do platô ou "deslizador", (4)., que reúne as três extremidades livres dos dos gafanhotos; O colar de carvão ou de rolamento (2), cuja função é forçar o espelho do platô a frente e assim fazer os gafanhotos girarem em seus eixos, para que forcem o platô a se afastar do volante do motor; o garfo (1), que atua sobre o colar, comandado pelo pedal da embreagem.
Quando o motor está funcionando e o pedal solto, todo o conjunto gira como se fosse uma só peça, inclusive a árvore primária. Se se calca o pedal, o garfo força o colar, que por sua vez força o espelho do platô e com êle os três "gafanhotos", os quais puxam a placa de pressão contra a ação das molas. A resistência que se sente no pedal é provocada por essas molas, ao serem comprimidas. A placa de pressão, recuando, deixa livre o disco de fricção, de modo que o volante continua a girar mas não o disco. Interrompe-se assim o movimento da árvore primária, engatada no disco, e pode-se trocar as marchas. Tão logo o pedal seja solto o platô volta a comprimir o disco da embreagem contra o volante do motor e restabelece-se a transmissão do movimento.
Note-se que, quando o pedal está calcado e a placa de pressão afastada, o disco fica livre e não gira, mas a placa de pressão e todo o conjunto continua girando, pois está preso ao volante pelo suporte do platô; a árvore prmária não gira porque se engata tão somente no cubo do disco de embreagem, atravessando livremente as outras peças.
O disco de embreagem tem a coroa dividida em 12 setores (apenas 6 nos modelos antigos), todos levemente côncavos, sendo que as concavidades de alternam, isto é uma é voltada para um lado e a seguinte para o outro. A finalidade é proporcionar certa flexibilidade ao disco.
O único cuidado de manutenção requerido pela embreagem é a correção eventual da folga do pedal, que deve se manter entre 10 a 20 mm. (A folga é a distância percorrida pelo pedal entre a posição de repouso e aquela em que se faz sentir resistência). Adiante explicamos como realizar essa regulagem.
O uso consciente da embreagem prolonga sua vida útil e aqui vão as regras básicas:Não dirija com o pé apoiado sobre o pedal.
Não use o pedal como se fosse o acelerador, nem acelere o motor tendo o pedal parcialmente calcado.Ao parar em uma subida, use o freio de estacionamento e não deixe o motor funcionando e a embreagem deslizando para manter o veículo.
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