Como o estado de carga da bateria é variável e como também o é o rendimento do dínamo, dependente que é da rotação do motor, o circuito de ligação entre essas duas unidades é provido de um regulador que desempenha as seguintes funções:1) Quando o dínamo gira a pouca rotação, debitando corrente de voltagem inferior à da bateria e quando também o motor está parado, o regulador desliga a bateria de sua ligação com o dínamo, impossibilitando assim que a corrente da bateria se escoe para o dínamo sem nenhum proveito. Essa parte do regulador chama-se "disjuntor". Ao contrário, se o dínamo gira com rotação suficiente e sua corrente é de voltagem superior a da bateria, então o disjuntor liga os dois circuitos, e o dínamo passa a carregar a bateria.2) Se a bateria está bem carregada e o dínamo debitando corrente de voltagem elevada, o regulador também entra em função, regulando a corrente de carga a fim de impedir o super-carregamento da bateria, que não é conveniente.3) O regulador também controla a corrente que flui no circuto do dínamo, impedindo que atinja valores demasiadamente altos.
Quando a ignição é ligada e o motor funciona a baixa rotação, acende-se uma luz vermelha no quadro, sinal de que a bateria está se descarregando. Tão logo aumente a velocidade do motor a luz se apaga, o que indica que o dínamo está carregando a bateria. Se a luz se acender estando o carro correndo a velocidade normal é porque o dínamo não está debitando corrente. Verifica-se primeiramente a correia e se esta estiver normal, passa-se ao exame das ligações, das escovas, do coletor e também do regulador, como se segue.
Desliga-se o fio do terminal 51 do regulador e liga-se a esse terminal o cabo positivo de um voltímetro que registre de 0 a 30 volts; a ponta do outro cabo liga-se a "massa" (estrutura do veículo).
Dá-se partida ao motor, e ao se aumentar a rotação em torno de 2.000 RPM o ponteiro deve saltar para uma indicação de 6 a 7 volts, estabilizando-se depois entre 7,3 e 8,6 volts. Se se pára o motor repen-tinamente, o ponteiro volta a zero.
Desligue o cabo positivo da bateria. Ligue um amperímetro que acuse 30-0-30 amperes entre este mesmo borne e a ponta do cabo que foi desligada.O amperímetro deve permanecer em "0" estando desligados os aparelhos e circuitos elétricos. A proporção que os circuitos são ligados aumenta a amperagem da corrente de descarga.Se o amperímetro acusar descarga com os equipamentos desligados, é porque deve haver um curto-circuito na instalação, o qual deve ser localizado e eliminado.Com o motor em funcionamento, o amperímetro deve indicar uma corrente de carga que deve aumentar de intensidade a proporção que aumenta a velocidade de rotação do motor.
A prova anterior não fornece uma indicação segura sobre o funcionamento do regulador, porquanto a corrente de carga depende do estado de carga da bateria, de modo, que, para se fazer um teste seguro do regulador, lança-se mão do seguinte artifício:
O voltímetro e o amperímetro devem ser ligados ao circuito como mostra a figura, para os testes no regulador.
Desliga-se o fio do terminal 51 do regulador.Interpõe-se em série com um amperímetro, uma resistência de 0,276 ohms e 200 W entre o borne 51 e a "massa".Liga-se o terminal positivo do voltímetro ao terminal 51 e o terminal negativo a "massa".Dá-se partida ao motor. Com o motor funcionando à rotação compreendida entre 1.750 a 2.000 RPM a corrente de carga deve ter a voltagem compreendida entre 6,4 e 7,3 volts, e a amperagem entre 23 e 26,5 amperes.Qualquer anormalidade do regulador de voltagem só poderá ser corrigida por eletricista competente, de preferência no concessionário, pois suas características são próprias e seus ajustes sumamente delicados. Não deve ser aberto ou mexido por leigos no assunto.
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