Nos cantos mais recônditos da casa encontram-se muitas vezes velhas arcas e armários, esquecidos de tudo e de todos só porque o seu dono teme uma coisa: a decapagem. Pelo mesmo motivo se consegue comprar no ferro-velho, por um bom preço, um velho e valioso objecto. Saiba como usar decapantes e como fazer a decapagem das tintas velhas e recupere objetos antigos com de elevado valor monetário ou sentimental.
Distinguimos entre lixívia com base alcalina e decapante com base de solventes. São aplicados na superfície a decapar. Após alguns minutos de penetração (o tempo exacto depende do estado e espessura da tinta) pode-se retirar a velha pintura com a ajuda de uma espátula. Pode ter de se repetir a operação. A lixívia alcalina possui a desvantagem de que só dificilmente dissolve laca de resina sintética e requer tratamento posterior com água.
Os decapantes à base de solventes são, em contrapartida, mais fáceis e limpos ao trabalhar. A limpeza posterior com água é desnecessária, pois, após a evaporação da solução, pode-se continuar o trabalho se não houver necessidade de se proceder a uma limpeza com white-spirit, para trabalhos muito exigentes.
Pinturas que se tornaram opacas e pouco apresentáveis, mas que se mantêm intactas, não requerem decapagem. Basta passar-lhes com uma solução aquosa de amoníaco antes da nova pintura, só para tornar a superfície um pouco mais áspera. A velha pintura deve depois ser passada com água e, após seca, lixada com lixa de grão 180-220.
Deve-se planear esta operação e não meter mãos à obra espontaneamente, pois normalmente precisa-se de mais tempo do que se pensa. Ao fim e ao cabo, pretende-se que aquela velha peça volte a ficar atraente, e por isso é importante este trabalho profundo e muitas vezes moroso. Regra geral, nunca se deve decapar sem máscara protectora e luvas.
Para não infestar o ar e poder respirar melhor, recomenda-se que se trabalhe ao ar livre ou, pelo menos, de janela aberta. Após a decapagem do móvel, a operação seguinte depende de se pretender envernizar ou deixá-lo com a cor natural. Em qualquer dos casos, a madeira tem de se «recompor» e ser tratada de modo especial.
Se se decidir voltar a envernizar, recomenda-se um pré-tratamento com agente protector envernizante. Caso se pretenda manter o móvel com a sua cor natural, aplica-se um agente protector que o defenda também, activamente, de danos. Depois pode-se aplicar cera líquida e puxar lustro. Isto faz-se com uma boina de polir aplicada no berbequim. Aqui só superficialmente se deve polir, uma vez que, com a pressão, podem surgir círculos na superfície da madeira que muito dificilmente desaparecerão. Por vezes, após a decapagem, verifica-se que a madeira está muito escura. Se o móvel voltar a ser lacado, isso não tem qualquer importância.
Porém, se se tenciona dar apenas um leve envernizamento ou qualquer outro tratamento incolor, porque se quer mostrar o veio da madeira, é necessário tentar aclarar a madeira. Para este fim, existe, nas lojas da especialidade, um agente branqueador, que deve ser utilizado de acordo com as instruções.
No entanto, pode preparar o seu próprio agente branqueador, que nem sequer lhe fica muito caro. É composto na proporção de 50/50 de uma solução de amoníaco com água oxigenada. Ambos os líquidos podem ser adquiridos numa drogaria ou farmácia.
Este agente é então aplicado com um pincel. Quando se atingiu o efeito pretendido, passa-se com um pano húmido.
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