Retira-se o motor de partida, o colar da embreagem e a caixa que abriga a alavanca seletora das hastes deslizantes. Retiram-se os parafusos que prendem as duas metades da carcaça, de modo progressivo.
Algumas considerações devem ser feitas sobre a substituição das carcaças, se for esse o objectivo da desmontagem. Fundamentalmente, a necessidade de substituição de uma carcaça, o que só raramente pode ocorrer, implica na obrigação de substituição das duas, porquanto essas peças são usinadas aos pares e não podem ser substituídas separadamente. Outrossim, essa substituição implica em nova regulagem da centralização do diferencial, o que se faz por meio de anéis de regulagem de espessuras determinadas. Esse ajuste é descrito mais adiante. No entanto, as partes internas, isto é, o conjunto das árvores primária e secundária, as hastes deslizantes e garfos de mudanças podem ser conservados, desde que estejam em bom estado. A substituição das carcaças nada tem à haver com as partes internas.
Retirados os parafusos que prendem as carcaças, pode-se então retirar a metade direita, que é uma simples tampa, já que o conjunto de hastes deslizantes e garfos se aloja na metade esquerda.
Nos sedans, retiram-se as árvores primária e secundária e depois o conjunto do diferencial. Na remoção do diferencial deve-se observar e marcar exatamente a posição e a localização dos anéis de regulagem, para que voltem a ocupar os mesmos lugares que ocupavam inicialmente. Esse cuidado é imprescindível se essas peças não forem substituídas.
Nos utilitários, retira-se primeiro o diferencial e depois as árvores primária e secundária, observando-se o mesmo cuidado em relação ao diferencial.
Retira-se o eixo da engrenagem de marcha-a-ré, preso por um pino e depois a engrenagem. Permanecem no lugar apenas as hastes deslizantes e garfos que só devem ser retirados se fôr mesmo necessário.Para retirá-los, retiram-se os bujões que se encontram do lado de fora da caixa, depois do que pode-se introduzir pelos furos a chave para remoção dos parafusos que prendem às respectivas hastes, os garfos de 1.a e 2.a e o de 3.a e 4.a. O parafuso de fixação do garfo de marcha-a-ré na haste é retirado pelo lado de dentro.
Retirados os garfos, pode-se puxar as hastes, o que deve ser feito com cuidado a fim de evitar que se percam as esferas e molas do dispositivo de retém. Também se retiram as duas travas de retém que se intercalam entre as hastes.
Retira-se o garfo da embreagem e depois os dois rolamentos do diferencial, que se alojam um em cada carcaça, com o extrator VW 290 b.
Para desmontagem do diferencial, retiram-se os parafusos que prendem a tampa à carcaça. Desmontado o conjunto, procede-se ao exame de todas as peças, mesmo que a desmontagem tenha um objectivo determinado.
O rolamento de agulhas (6) se retira a mão. Para se retirar a porca (9) prende-se a árvore em um torno. O rolamento (4) e a engrenagem da 4a (28) se retiram com auxílio da prensa VW 400 em combinação com as ferramentas VW 401 e VW 408. A bucha espaçadora (7) se retira com uma chave de fenda. Para se extrair a engrenagem da 3.a usa-se a prensa VW 400, em combinação com as ferramentas VW 401, 409, 421 e 431.
Examinam-se todas as peças, substituindo-se as que estiverem em mau estado. O empenamento máximo permitido da árvore primária é de 0,05 mm medido na sede do rolamento de agulhas. Se o empenamento ultrapassar essa tolerância, a correção se faz a frio.
Se for necessário substituir engrenagens essas só o podem ser em conjunto, isto é, aos pares. Para facilitar a montagem, aquecem-se as engrenagens e rolamentos em um banho de óleo, a 80°C.
A figura anterior também mostra a árvore secundária e a desmontagem desse conjunto torna-se mais fácil com auxílio de ferramenta vw 314, para apoio da árvore secundária. Naturalmente, todas as engrenagens, rolamentos e buchas só podem ser desmontados pela extremidade da porca, pois na outra se encontra o pinhão que é solidário com a árvore. Assim, retira-se a porca e todas as engrenagens, sincronizadores e buchas e os dois rolamentos, na sequência mostrada pela figura.
Após a desmontagem leva-se a efeito a inspeção geral e cuidadosa de todas as peças, substituindo-se as que apresentarem desgaste excessivo, principalmente no que se refere as peças dos sincronizadores que são os responsáveis pela suavidade na troca de marchas. Na remontagem mede-se a folga entre os anéis sincronizadores e as faces de contacto das engrenagens de 3.a e 4.a, como está indicado pela letra "a" na figura abaixo.
Se for necessário substituir uma das engrenagens da 4.a, 3.a, 2.a ou 1.a velocidade, a substituição só pode ser feita em conjunto, isto é, ambas serão substituídas.
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