As válvulas dos motores Volkswagen situam-se no cabeçote e são comandadas por balancins montados em dois eixos, um para cada cabeçote, comandados por varetas por intermédio dos tuchos, que repousam sobre os ressaltos da árvore de comando de válvulas, acionada diretamente pela árvore de manivelas por engrenagens. No motor "1 200" a vareta e o tucho formam uma só peça enquanto que nos motores "1 300", "1 500" e "1 600" o tucho é separado e do tipo rotativo.
As válvulas possuem um movimento rotativo que proporciona desgaste uniforme das suas faces e das sedes e evita a formação de depósitos prejudiciais. Essa característica, que é de suma importância em um bom motor, se consegue no VW por um meio simples e engenhoso, fazendo com que o balancim atue sobre um ponto do pé da válvula ligeiramente excêntrico, como se vê na figura em baixo, que mostra também as posições incorretas que devem ser evitadas na montagem.
Entre o pé da válvula e o balancim deve haver uma determinada folga quando o tucho repousa sobre a parte mais baixa do ressalto e a válvula se encontra, por conseguinte, completamente fechada. Essa folga deve ser de 0,10 mm para ambas as válvulas e para todos os modelos. Nos modelos antigos a recomendação era de 0,15 mm, mas posteriores recomendações da fábrica prescrevem a folga de 0,10 mm também para esses modelos.Com o uso e algum desgaste, essa folga se altera e traz certos inconvenientes ao funcionamento: se aumentar, altera os tempos da distribuição, e provoca a clássica batida de tuchos; se diminuir, também altera os momentos da distribuição, isto é, a abertura e o fechamento das válvulas no tempo devido e pode provocar a queima das válvulas. Essas anormalidades se refletem em funcionamento irregular e perda de força, pelo que necessário se torna que as folgas sejam reguladas dentro dos limites prescritos.1) — Retiram-se os dois tampões das câmaras dos balancins, para o que basta suspender e afastar a mola-grampo que os prendem ao cabeçote.2) — Gira-se o motor lentamente pela correia até que a marca na polia se alinhe com a união das duas metades da carcaça e o rotor esteja apontado para a vela do cilindro n.° 1. Nessa posição ambas as válvulas do cilindro n.° 1 estão fechadas e pode-se levar a efeito a regulagem.
3) — Mede-se a folga fazendo passar pela mesma a lâmina com a espessura de 0,10 mm, a qual deve se arrastar levemente na folga. Se a lâmina não entrar na folga ou se esta fôr muito grande, precisa ser ajustada.4) — Coloca-se a lâmina na folga e, com uma chave de boca, solta-se levemente a contra-porca. Atua-se sobre o parafuso de regulagem até que a folga atinja a espessura da lâmina. Aperta-se então a contra-porca para fixação da regulagem. Regulam-se ambas as válvulas.
5) — Gira-se o motor pela polia até que o rotor esteja apontando para o cilindro seguinte, que é o 4.°, e procede-se do mesmo modo, seguindo-se a ordem de explosão . Procede-se do mesmo modo para regular todas as válvulas.
NOTA — A regulagem das válvulas só proporciona bons resultados se, estiverem perfeitas, isto é, vedando bem a câmara de combustão. Em caso contrário, há necessidade de levar a efeito o esmerilhamento das válvulas.
Na reposição dos tampões, usam-se juntas novas, e aplica-se veda juntas na superfície em contacto com a tampa do cabeçote.
V. Adm Abre | V. Adm fecha | V. esc abre | V. esc fecha | |
Mod 1200 | 2º30' APMA | 37º30' DPMB | 37º30' APMB | 2º30 DPMA |
Mod 1300/1500 | 7º30' APMA | 37º DPMB | 44º30' APMB | 4º DPMA |
Essas cotas são verificadas com a folga provisória de 1 mm nas válvulas, depois do que regulam-se as folgas para 0,10 mm.
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